DESBRAVANDO O OESTE E O DESENVOLVIMENTO DO AGRO
Odacil Ranzi, Presidente da AIBA - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, nossa associada, é o destaque dessa edição da Newsletter da nossa Câmara Portuguesa De Comércio No Brasil| Bahia. A seguir conheça um pouco da AIBA e do seu líder.
O produtor rural Odacil Ranzi, motivado pelo desejo de tornar-se independente e crescer profissionalmente, deixou a cidade de Passo Fundo, onde exercia o ofício de contador, em direção ao oeste baiano. Em julho de 1980, percebeu o potencial da região, adquiriu a primeira propriedade na localidade de Placas, no município de Barreiras, e fundou o Grupo Passo Fundo.
Foi o início de uma grande aventura, marcada pela falta de estradas em boas condições, a distância das fontes de água que abasteciam as fazendas e a ausência de redes elétricas na área. Na safra 1981/82, cultivou 180 hectares de arroz. No ciclo seguinte ampliou, junto com os sócios, a lavoura de arroz para 300 hectares e implantou 80 hectares de soja. Aos poucos, reduziu a atuação na rizicultura, investiu mais na oleaginosa e introduziu plantios de milho. Ele conta que o custo de produção da soja, nos primeiros anos, era de 10 sacas/ha, e a média de produção era de 23 sacas/ha. Então, o lucro foi possível desde o primeiro momento.
Além dos grãos, e de ter atuado à frente de uma distribuidora de bebidas que atendeu a região por 22 anos, Odacil expandiu os investimentos, recentemente, para a fruticultura, com a produção de bananas no perímetro irrigado Nupeba, no município de Riachão das Neves. Ele considera importante contribuir com projetos sociais, por isso dirigiu a Apae de Barreiras e a Cooperfarms. Em janeiro de 2021, o produtor foi eleito para a presidência da diretoria-executiva da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), para o biênio 2021/2022.
A AIBA é uma associação de agricultores e irrigantes que apoia e representa os produtores rurais com projetos na área de responsabilidade social, infraestrutura, meio ambiente e águas e fitossanidade.
A Aiba possui hoje uma representatividade institucional e política ampla entre os governos municipal, estadual e federal, facilitando o diálogo entre agricultores e os órgãos que legislam e executam medidas relacionadas ao setor agro.
A entidade elabora e desenvolve projetos de interesse do agronegócio do Oeste da Bahia, gerando dados sobre a região (principais culturas, levantamento e evolução destas) para agricultores, universidades, órgãos governamentais e investidores.
Câmara Portuguesa: Há quanto tempo a AIBA atua junto aos produtores rurais?
Odacil Ranzi: A AIBA, que é a entidade representativa dos produtores rurais, em que exerço a presidência, completou 31 anos de atuação na defesa dos interesses do setor agropecuário.
CP: A AIBA conta com parceiros e atuação no mercado internacional? E Portugal?
OR: A AIBA mantém um relacionamento periódico com investidores, potenciais parceiros e, agora, começa a estreitar os laços com Portugal.
CP: Quais as áreas de atuação da entidade? E qual seu principal serviço?
OR: Na agricultura. A Aiba oferece aos mais de 1300 associados um conjunto de serviços: trabalha para garantir a segurança jurídica dos associados, orienta na adequação legal, ambiental e social das propriedades, realiza melhorias na malha viária das áreas produtivas de sua abrangência, atua na construção de estradas e pontes, promove campanhas e programas de preservação ambiental e desenvolve projetos sociais, entre tantas outras atividades. O foco principal da entidade são os produtores rurais de nove municípios do Oeste baiano.
CP: Quais as principais vitórias da associação?
OR: São incontáveis: nós, associados, temos participado de momentos importantes, que vão desde a criação da Bahia Farm Show, a maior feira de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste brasileiro, até as inúmeras batalhas judiciais em causas coletivas vencidas, que deram aos associados mais segurança jurídica e direitos do setor que eram negados. Há, também, um forte trabalho de representação da classe junto às três esferas de governo, que tem beneficiado a região como um todo.
CP: Qual o maior desafio da associação neste momento?
OR: O setor agrícola está intimamente ligado ao desenvolvimento tecnológico e a manutenção dos recursos naturais. Isto é um grande desafio, mas temos alcançado significativo sucesso na luta por esses dois objetivos principais.
CP: Uma mensagem aos associados da Câmara:
OR: No Oeste baiano temos desenvolvido uma agricultura que impressiona a cada visitante, produtor ou não, por conta dos resultados. Conseguimos aliar conservação do meio ambiente às altas produtividades, e ainda estamos longe de explorar todo o potencial de crescimento que essa região tem. É um lugar que merece atenção, por ter uma atividade econômica consolidada, sem perder o potencial de crescimento. Já virou realidade, mas ainda tem muitas perspectivas para o futuro.
Informação:
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